Grande parte dos aprendizados que adquirimos ao longo da nossa vida se dá pela interação com as pessoas ao nosso redor e pela exploração do ambiente em que estamos.
Crianças que passam muito tempo diante de telas, muitas vezes, têm poucas oportunidades de interação e exploração dos seus sentidos, suas habilidades motoras, cognitivas, linguísticas e emocionais.
Desta forma, uma criança pequena, que passa muito tempo no uso de telas e não tem oportunidade de trocas comunicativas e interações eficazes, pode sim apresentar dificuldades na aquisição da linguagem.
Isso acontece porque a comunicação é uma via de mão dupla. Ela se constitui a partir da interação, onde cada tentativa da criança ou bebê é recompensada e incentivada, através da atenção, dos sorrisos, de novas palavras e imitações.
A criança precisa receber do adulto (ou de outra criança) algum retorno sobre suas tentativas de comunicação
São estas respostas que irão permitir à criança perceber a #funçãodafala e expandir o seu vocabulário, sua compreensão, sua narrativa!
Além disso, quando o adulto reforça a tentativa da criança, ele está oferecendo um modelo de fala que aos poucos vai ajudar a criança a melhorar a própria fala.
Já com o uso das telas, por mais lúdico e educativo que sejam, ela não tem qualquer feedback sobre suas tentativas.
Outro ponto é que o uso de telas à noite pode prejudicar a qualidade do sono, gerando maior agitação, dificuldades de atenção e irritabilidade.
Não podemos ignorar que vivemos em uma era tecnológica, cercados por telas grande parte do dia e esse controle da exposição a elas pode ser difícil. Por isso, acredito que o principal ponto é buscarmos um equilíbrio, expondo o mínimo possível a tais tecnologias e buscando proporcionar estímulos adequados às necessidades das crianças sem permitir que as telas substituam o tempo de qualidade junto a elas.
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